sábado, 12 de setembro de 2009

O Bibliotecário e sua imagem na teia global: o que o Google diz de você?

No meio tempo em que fiquei sem postar, algo me provocou uma vontade repentina de saber como o mundo me vê, ou melhor, como eu sou visto na grande teia global, “dominada” pela ferramenta Google.
Partindo do pressuposto que somos aquilo que o mundo nos descreve, observe que o filtro de tal descrição passa quase que em sua totalidade pelo que o Google direciona através dos seus mecanismos de busca, e que passa a ser a verdade a respeito de cada um.
Um ponto interessante a ser notado é que muitas instituições, ao contratar determinado profissional, estão utilizando a internet como forma de seleção, seja através de visitas ao perfil do candidato no Orkut, seja através de seu blog na internet, ou mesmo através de busca em ferramentas como o Google. A escolha depende agora também do que a web recomenda, e do que ela fala a seu respeito. Se ela não falar nada a seu respeito, isso pode até ser um mau sinal: você não existe no mundo (ao menos virtual).
Outro fator a ser levado em consideração com nossas informações na internet é a predominância de conteúdos que acabam por dar a nós um estereótipo, ou, um perfil profissional. O que pensaria um analista de RH de uma empresa ao buscar o nome de um candidato na internet e descobrir páginas e páginas de editais de concursos públicos? Será que seria contratado em detrimento a outro candidato que participa e aparece em listas de discussão, em fóruns ou em palestras e workshops?
O mercado de trabalho busca um profissional alinhado ao seu objeto de trabalho ou pesquisa, em constante movimento, e a web passa a ser o disseminador daquilo que acontece também no mundo real.
Assim, convido vocês a fazerem um teste: pesquisem seus nomes e descubram: o que o google diz de você? Bibliotecários, vocês existem para o mundo (web)?? Seu nome está ligado à sua atividade e profissão?? Você está em movimento??
Obviamente que alguns nomes por serem comuns serão posicionados com outros não relacionados, mas não impedem de descobrir quem vocês são para o mundo através da grande teia global. Um exemplo disso foi o teste que fiz com o prof. Rodrigo Pereira, colocando somente “Rodrigo Pereira”. É um nome muito comum. Mesmo assim, obtive uma recuperação sobre ele na primeira página do Google. Então, mesmo que seu nome seja comum, o diferencial estará na sua atuação.
Bom teste a todos.

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2 comentários:

  1. Elder,

    Com a intensão de contribuir com a questão levantada, gostaria de dizer que discordo do seu pressuposto de que "[...] somos aquilo que o mundo nos descreve".

    Penso que o que somos pode estar muito distante daquilo que nos descrevem, seja na internet ou em qualquer outro espaço. Isto me faz lembrar de uma frase (não me recordo na autoria agora), algo próximo a isso:

    "Você é aquilo que ama, não aquilo que ama você."

    Talvez, tentando trazer para esta discussão, sejamos mais "aquilo que falamos (ou escrevemos) do mundo, e não o que o mundo escreve a nosso respeito. Enfim, fica aí a idéia e talvez uma pergunta no ar...

    Um abraço,
    Iuri Rizzi

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  2. Iuri,

    É sempre imporante as colocações que enriquecem os debates, e agradeço.
    De fato, retifico minha colocação, pois ao mencionar esse pressuposto, sugeri uma situação hipotética, o que não ficou claro tal intenção.
    Acredito, no entanto, que é necessário fazermos o exercício de ver como o mundo nos enxerga, não para sermos como o mundo quer, mas como forma de crescimento ao observar as percepções alheias e as possíveis críticas, e ter a mente aberta às possíveis mudanças necessárias.
    Acaba sendo uma via de mão dupla. Diante de algo tão abstrato como o "ser". "somos o que pensamos/agimos no mundo" e/ou " somos o que o mundo recebe/ percebe de nossas ações e pensamentos".
    Algo é fundamental: sermos atores participantes de nosso ambiente na construção desse espaço.

    Abraço.

    Elder Lopes Barboza

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