sábado, 1 de agosto de 2009

CBBD 2009: 3º diálogo (final): Apresentações e stands

Mesmo diante de tamanha importância que é a contribuição do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (CBBD), tanto para as pesquisas quanto para as práticas dos profissionais da informação, encerrarei os relatos sobre os acontecimentos, tendo em vista que, em mundo cada vez mais dinâmico do ponto de vista da informação, como o que vivenciamos na atualidade, outros fatos e discussões carecem de uma intervenção para o desenvolvimento do pensamento humano, e consequentemente, a saída do status “quo” que, porventura, possa existir a respeito do assunto e que não deve prevalecer. E acontecimento na área é o que não falta!
Por esse entendimento, neste último diálogo a respeito do CBBD, faço um breve relato sobre as apresentações vistas por mim, bem como uma observação geral dos stands e suas respectivas instituições participantes, de modo a dar a quem não pode participar, a noção, mesmo que superficial, do que lá se presenciou. Peço que, caso eu esqueça algo, vocês postem comentários me lembrando.
As apresentações que pude participar, em geral, contribuíram de maneira significativa para enriquecer meu entendimento sobre o motivo principal de meu trabalho com a informação, ou melhor, a quem se destina tudo o que faço, o usuário, seja inserindo-o numa análise sobre a cultura informacional, seja em um debate sobre como dar a ele competências para buscar e utilizar a informação para produzir conhecimento, tornando-o mais autônomo em sua busca pelo saber, ou mesmo pensando em maneiras de priorizar e proporcionar o acesso à informação e aos ambientes informacionais.
Nessas apresentações ficou evidente que se deve cada vez mais focar no ambiente externo da organização, e não ficar com o trabalho interno esperando alguém para atender suas demandas. Com essa realidade, vem contribuir outras apresentações, como o trabalho com portais coorporativos, serviços de referência virtual, publicações institucionais, utilização das TICs, seja com ferramentas simples e gratuitas, seja com softwares de código aberto, ou mesmo grandes plataformas de desenvolvimento.
Faço aqui um destaque especial para as apresentações dos bibliotecários do Estado de Mato Grosso do Sul, que se fizeram presentes no Congresso expondo seus trabalhos, dentre eles o autor desta postagem. Satisfeito também ficamos em saber que os profissionais bibliotecários de Mato Grosso do Sul estão fomentando debates dentro dos grandes eixos de discussão da biblioteconomia e ciência da informação a nível nacional, como visto nos trabalhos sobre competência em informação, inteligência competitiva, mercado de trabalho, dentre outros.
Passando para a análise dos stands, bem como seus expositores, a presença de empresas estrangeiras foi dominante. Isso pode ser reflexo tanto do preço cobrado pelos organizadores, quanto da estrutura de empresas brasileiras atuantes no setor, e a falta de comunicação entre elas. O fato é que as empresas que lá estavam transformaram as exposições de seus produtos em “coisa de outro mundo”. O ápice de tanta ostentação, a meu ver, foi uma máquina para digitalização de documentos, de marca Zeutschel, cujo valor equivale a um apartamento em frente ao Shopping Campo Grande, na capital daqui de Mato Grosso do Sul, ou mesmo o valor de um carro esportivo e importado. Comento isso sem conotações de reprovação, pelo contrário, como forma de mostrar o nível que a área se encontra, e como é reconhecida, ao menos, no exterior.
Outro ponto forte nos stands, e isso não é novidade, foi a presença das representantes das bases de dados, e-books e afins, mostrando o mundo da informação on-line, mundo esse restrito aos usuários assinantes. Empresas como Proquest, Dot. Lib, Gale, dentre outras, propiciaram momentos cheios de opções no mundo do conhecimento digital e virtual.
As empresas de tecnologias também se fizeram presentes com seus softwares de automação de bibliotecas, ou gerenciadores de unidades de informação. Nesse ramo houve variedades de empresas, nacionais e estrangeiras, cada uma com suas soluções inteligentes. Um fato visto nessas empresas e que é digno de se comemorar é a participação efetiva de bibliotecários, contratados ou associados desses negócios. Além disso, as conversas com tais profissionais se fizeram profícuas fontes de informação.
Houve também a participação de empresas com mobiliários para arquivos, equipamentos de segurança para bibliotecas, instituições como o IBICT, CAPES, CFB, FEBAB, APB/MS (Associação dos Profissionais Bibliotecários de Mato Grosso do Sul), Editoras e outras que não me recordo no momento.
Todo esse conjunto movimentou o CBBD 2009, aliado aos eventos simultâneos e reuniões de entidades ocorridas no período da manhã, que não foram descritas, mas que estão sendo citadas; festas na noite de Bonito, seja nos bares e restaurantes, seja no “Information Fest”, organizada pelo 5º semestre de Biblioteconomia do IESF, de Campo Grande-MS; e tudo isso no paraíso das águas da cidade que acolheu o Congresso e seus participantes.
O que fica, além das amizades feitas, das novidades vistas, é o conhecimento internalizado, que certamente não vai parar. Irá se transformar, se desenvolver, e produzirá novos outros conhecimentos, continuando o ciclo que, espero, eu veja no próximo CBBD.
Até a próxima...

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