sábado, 3 de outubro de 2009

As estrelas da Biblioteconomia de Mato Grosso do Sul

O Guia do Estudante reconheceu recentemente a qualidade do curso de Biblioteconomia de Mato Grosso do Sul, através de sua mantenedora, o Instituto de Ensino Superior da Funlec, e atribuiu-lhe “3 estrelas” como indicativo de que o curso cada vez mais está ganhando notoriedade, e melhor que isso, crescendo ao longo dos anos.
À primeira vista parece não ser tão vertiginoso esse desenvolvimento, afinal, há outras instituições que receberam mais estrelas. Entretanto, em uma análise mais aprofundada, pode-se notar que os contextos entre tais instituições e o IESF são diferentes, bem como o curso em questão.
O curso de Biblioteconomia do IESF, único curso de Biblioteconomia no Estado de Mato Grosso do Sul, teve sua primeira turma formada em 2006, perfazendo um total exato de 100 bacharelados no Estado até o presente momento, segundo dados da coordenação do curso de Biblioteconomia do IESF.
Isso sugere que a biblioteconomia sul-mato-grossense teve um amadurecimento em 3 anos, caminhando quando deveria engatinhar, se for levada em conta sua idade.
Nessa perspectiva, o mérito das 3 estrelas da Biblioteconomia se multiplicam em centenas de outras estrelas que formam a classe bibliotecária de Mato Grosso do Sul. Mesclam-se com profissionais de outros estados, que vem contribuir com seus conhecimentos, aprimorando as teorias e práticas dos que aqui atuam.
De professores do curso a profissionais em unidades de informação, que possibilitam diariamente o reconhecimento profissional por parte da sociedade, ainda com a imagem ultrapassada do profissional da informação e de sua “utilidade”.
Houve muitas conquistas ao longo do tempo, e em minha opinião, toda a área biblioteconômica no Estado está em um momento singular, que deve ser aproveitado. O reconhecimento está existindo, e precisamos conquistar mais vitórias. Paralelo a isso, existem desafios, que precisam ser superados, e que espero que sejam vencidos sim.
Por isso, esse breve texto é pra dizer: Parabéns a todos os bibliotecários que buscam possibilitar o acesso à informação para o povo de Mato Grosso do Sul. As verdadeiras estrelas são vocês!!!

Contribuição: Prof. Rodrigo Pereira

domingo, 27 de setembro de 2009

“Incomodados” e “acomodados”: a diferença

Após visita ao blog do professor Rodrigo (ver minha lista de indicação de Blogs), li um comentário de uma acadêmica de biblioteconomia que me motivou a escrever comentário de resposta, e por conseqüência, esta nova postagem, quando coloquei duas palavras parecidas no som, mas diferentes na essência.
Veja que as palavras que estão entre aspas no título acima têm uma sonoridade parecida: “incomodados”, “acomodados”. Mas o significado delas não tem nada em comum. Veremos, segundo o dicionário Aurélio, como desenrola essa aproximação pela diferenciação.
Incomodado [Particípio de incomodar.] Adjetivo. 1.Que sofre incômodo ou sente incomodidade. 2.Molestado, importunado.
Incomodidade: 1.Qualidade ou situação de incômodo; falta de comodidade.
Comodidade: [Do lat. commoditate.] Substantivo feminino. 1.Qualidade do que é cômodo. 2.Bem-estar, conforto.
Acomodado [Part. de acomodar.] Adjetivo. 1.Apropriado, adequado, cômodo. 2.Tranqüilo, quieto, sossegado. 3.Ajustado a uma situação sem estar, ou não estando inteiramente, de acordo com ela; adaptado.

Peço a ajuda de vocês, fantásticos leitores, para analisar esse desenvolvimento.
Nota-se que o adjetivo “incomodado” se refere a alguém que está sendo “importunado” por alguma coisa, um fato, uma situação, ao passo que alguém “acomodado” está “sossegado”, ou “adaptado” em determinado ambiente ou situação, que possibilita a ele não querer sair de lá, afinal, não está sendo “importunado”.
Trazendo para o contexto biblioteconômico, o que se vê são muitos profissionais “acomodados” em seu ambiente de trabalho, ou até fora dele, e que não estão “incomodados”, nem com sua situação, muito menos com a situação da classe e da área. Aos que estão em seus locais de trabalho, muitos em bibliotecas, até podem ser justificados por seus salários, garantidos todo mês, principalmente se forem funcionários públicos.
Já os acomodados que estão fora do mercado de trabalho, se torna ilógico estarem acomodados, afinal, muitos estão desempregados, ou estão trabalhando em áreas diferentes, muitas vezes, com função de nível médio. Estão deixando de exercer sua profissão, de ganhar mais, de realmente contribuir em sua área de formação, e continuam isolados por diversos lugares.
Por outro lado, e que bom que existe o outro lado, tem-se na biblioteconomia verdadeiros profissionais “incomodados” com várias situações, e estes movimentam e desenvolvem a área. Antes eu havia me referido aos funcionários públicos, e aqui volto a lembrá-los. São os funcionários públicos que tem tudo para serem profissionais acomodados, mas, pelo contrário, estão sempre ativos, militando na área, inquietos em seus questionamentos e ideias, e que inquietam mais e mais pessoas.
Na lista de “Incomodados” estão profissionais fantásticos, que não desistem de tentar, de interagir, de recriar, e que muitas vezes fazem isso somente com a recompensa de se sentirem úteis. A estas pessoas, fica o agradecimento, direto ou indireto, até mesmo dos “acomodados”, que se beneficiam de tal proatividade.
A cada ano saem novas turmas das academias, egressos que receberam muitas informações de seus “incomodados”. Egressos que terão que escolher se serão “incomodados” ou “acomodados”.
E você, acadêmico, profissional, em sua atual situação, se sente “incomodado” ou “acomodado”?? Não se sinta envergonhado em dizer. Afinal, um importante passo para encontrar a solução é reconhecendo o problema.

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