Fonte: Correio braziliense |
Morreu neste domingo (22/06) em Olinda-PE, o Bibliotecário,
professor e escritor pernambucano Edson Nery da Fonseca. Ele estava em sua casa.
Os detalhes de sua morte podem ser encontradas em diversos sites de notícias, para quem se
interessar. Mas aqui neste espaço, como mencionei, são detalhes, meros detalhes.
Detalhes porque, mais do que a importância de sua trajetória
natural de ser humano, começo, meio e fim, como todos nós teremos, fica o
legado que o Bibliotecário Edson Nery da Fonseca deixa a todos, não só na área
da Biblioteconomia brasileira, que sim, fica órfã de um de seus notáveis
mestres.
Em sua trajetória, podemos mencionar que ele se formou em
1946 em Biblioteconomia pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, foi
bibliotecário no governo municipal, sendo convidado, em 1950, pelo reitor da
então Universidade do Recife (futura Universidade Federal de Pernambuco – UFPE),
para fundar o curso de Biblioteconomia. Em 1965, inaugurou a mesma graduação na
Universidade de Brasília (UnB), junto com Darcy Ribeiro. Organizou e dirigiu o
Departamento de Bibliografia do Instituto Brasileiro de Bibliografia e
Documentação (IBBD), atual IBICT; foi contratado pelo Unesco como consultor do
projeto para criação de um sistema nacional de bibliotecas na Guiné-Bissau,
e também consultor da Biblioteca do Congresso dos EUA. Em 1980 foi requisitado
para atuar na Fundação Joaquim Nabuco e iniciou as funções como Superintendente
do Instituto de Documentação. Em 1982 foi nomeado Coordenador de Assuntos
Internacionais da Fundação, onde de 85 a 86 assumiu o cargo de Assessor da
Presidência. Em1987 foi nomeado assessor do Presidente José Sarney. 1988 foi
designado pelo Presidente da República para compor a Comissão
Especial responsável pela preservação dos documentos integrantes do acervo
privado da Presidência. Em 1991, se aposentou da UnB, da qual era professor
emérito. Em 2011, recebeu da UFPE o título de doutor honoris causa.
Edson Nery publicou cerca de 20 livros. O livro “A cidade e a
história”, foi escrito em homenagem a Edson Nery da Fonseca.
Considerado o maior especialista na obra do sociólogo
Gilberto Freyre, Edson Nery da Fonseca organizou e publicou diversas obras
sobre ele. Também foi um grande amigo de Gilberto.
Conhecido por seu trabalho, Edson Nery também proporcionou
episódios de polêmica e embates por sua personalidade forte, opiniões incisivas
e ações que nem sempre agradavam a todos, ilustrada pelo seu artigo “verdades
incômodas”, cuja essência continha a defesa da Biblioteconomia e das boas
práticas biblioteconômicas, face ao
descaso dos governantes. Quem teria a mesma atitude nos dias atuais?
Edson Nery da Fonseca, entre as memórias e evocações de sua
trajetória, fica a analogia de sua vida: Vão-se os dias, mas seu legado fica...
Fonte: Correio braziliense;
Rádio Gospel FM; Folha de SP; G1.
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