Repensando os planos e projetos para o ano de 2015 que já
vai apressadamente, me pego a avaliar o meu próprio papel como agente social e
mediador de transformações frente à Biblioteca Escolar. O que eu estou fazendo
ou poderia fazer no meu ambiente profissional em prol da coletividade?
Um grande desafio para os novos profissionais da informação,
classe em que me enquadro, é ser um promovedor do despertar para o gosto pela
leitura, o prazer pelo estudo e a curiosidade por novas descobertas. Da mesma
forma, possibilitar um relacionamento com o usuário que comporte a escuta, o
acolhimento, a confiança e o interesse na sua necessidade informacional.
Esta competência social poderá provocar o desenvolvimento de
um indivíduo ativo e questionador com pensamentos críticos e atitudes
conscientes; consequentemente essas responsabilidades pessoais interferem
positivamente na sociedade.
Claro que criar esta cultura é antes desafiadora à medida
que, mais e mais, vai modificando o cenário, a forma da comunicação e da
demanda por informação. Mas justamente este “mexer” do ambiente é que provoca a
ânsia por novas formas de responder a estas necessidades.
Estes questionamentos geram em mim, particularmente, uma
expectativa de maior qualificação pessoal para atuar com práticas que alcancem
esta visão profissional. Dentro do meu âmbito de atuação, se conseguir
despertar ações que chegarão à um processo da transformação social será para
mim grande realização pessoal.
Para encerrar este pequeno esboço dos meus anseios pessoais,
quero fazer referência ao grande educador Paulo Freire que poetizou em seu
livro Pedagogia da autonomia (1996, p.64) as seguintes palavras:
Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito,
sem fazer cultura, sem tratar sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem
cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as
mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer
ciência ou tecnologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem
ensinar, sem ideias de formação, sem politizar não é possível.
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Obrigado Mourâmise pela colaboração!
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A série "Depoimentos" traz os desejos e planos
para 2015 dos profissionais da informação, no âmbito da Biblioteconomia, na
vida pessoal e/ou na sociedade de maneira geral.
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