sábado, 30 de janeiro de 2010

A redundância da informação na web: parte 1: cadê os produtores?

Já faz algum tempo que percebo que as fontes de informação disponíveis pela web na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação (não somente) estão cada vez mais disseminando os mesmos conteúdos veiculados em outras páginas, como um “copie e cole” desenfreado. Com essa “talvez” constatação começo minha exposição.

Eu, uma potencial vítima da overdose de informação, procuro constantemente zapear na web em busca de novidades, de fatos, de conhecimentos que agreguem algo à minha formação profissional e pessoal, mas cada vez mais me deparo com uma repetição de conteúdo.

Hoje minhas fontes de informação para a vida profissional estão concentradas principalmente nos sites de Instituições de Ensino Superior que possuem o curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação, órgãos de classe, lista de discussão, páginas específicas de bibliotecas, páginas relacionadas à área, e blogs. Por falar em blogs, o que seria da web sem eles? Pelo que venho observando, seria mais estática e restrita do que é.

Até certo ponto é compreensível a demora ou mesmo superficialidade na disseminação da informação pelas páginas institucionais, afinal, o trabalho no mundo real é dispendioso e menos dinâmico, além de concentrado em suas atividades específicas. Entretanto, as listas de discussão que me desculpem, mas, pelo menos as que eu participo, perderam o foco do que discutir e divulgar.

Confesso que desanimei. Ainda estou cadastrado em algumas listas, pois o clichê “a esperança é última que morre” me anima, além do que raras vezes e filtrando muito, consigo tirar proveito dos conteúdos divulgados ou abordados. Em uma das listas lembro que certa vez só teve participação efetiva quando ninguém estava mais recebendo as mensagens. Aí meu correio eletrônico “bombou” de mensagens com os dizeres “não estou recebendo as mensagens”. O fato desentocou muita gente que eu nunca tinha visto postar nada. E esse é um dos motivos da redundância da informação: poucos produtores, muitos consumidores.

Volto a frisar: Todos querem saber, mas poucos criam, inovam, e divulgam. Nem ao menos provocam, expressam, nem dizem a que vieram, não pensam sobre algo... Sei lá!! Só querem absorver e não se propõe a contribuir.
Por tal fato, as poucas novidades que surgem logo são divulgadas, divulgadas novamente, divulgadas novamente, divulgadas novamente...

Para não ser injusto, destaco: Quem dissemina está corretíssimo!!! Mesmo sendo redundante, está exercendo seu papel de agente de informação e contribuindo para a classe e para a sociedade!! Disseminar a informação, sempre!!

Mas para divulgar conteúdos novos, primeiramente eles precisam existir. Está difícil achar informações (que ironia)!! Os disseminadores, para achar algo interessante e, até certo ponto, inédito, estão em uma verdadeira “caçada” em mata densa. Ou seria deserto?

Espero, de verdade, que minhas constatações estejam equivocadas. Torço para que eu esteja navegando em páginas erradas. Espero que eu não esteja sabendo procurar corretamente. Pois se for o oposto, acho melhor nós ampliarmos logo nosso fazer, de disseminadores de informação para, também, produtores da mesma.

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2 comentários:

  1. Elder,
    Parabéns pela coragem em expressar o contentamento de muitos. Concordo com você pois vivo navegando também em busca de algo novo (no meu caso, na área de biblioteca escolar) e nunca encontro nada. Sempre as mesmas informações. Tenho lido ultimamente textos do exterior mas, além de ser cansativo ler em outra língua, a realidade de outros países é bem diferente da nossa. Eu mesma me cobro por escrever algo em nossa área e acho também que todos deviam pelo menos tentar se aventurar na escrita. Vamos fazer essa campanha?
    Bjs

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  2. Roseli!
    Belas palavras.
    No mínimo, no mínimo, epxressar o entendimento que cada tem em sua área de atuação. É um começo.
    Quando se fala em participação, são poucas as contriuições. Como se a profissão se resumisse ao local de trabalho.
    Creio que a denominação "vida profissinal" não se limita às 40 ou 44 horas semanais.

    Eu aceito!
    Bjoss!

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