quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

RECESSO


Queridos leitores, colegas e colaboradores!!

O Blog entrará em recesso e voltará em Janeiro de 2010.

A vocês, agradeço a interação durante este ano de 2009.

Boas festas na paz do Senhor Jesus!!

Fraternal abraço.

Elder Lopes

sábado, 12 de dezembro de 2009

Causos e casos na biblioteca: fatos sem explicação (?!)

Desde o começo de minhas postagens mantive a esfera de abordagem de uma maneira ampla sobre a Biblioteconomia, sem me prender ao espaço físico da biblioteca. Pois bem, considerando o encerramento de mais um ano letivo, nesta postagem comentarei alguns fatos que acontecem nas bibliotecas e, acredito, aconteceu muito nas bibliotecas pelo mundo afora. Nem Freud explica, mas me ajudem a entender.
Primeiramente, algo que não me sai do pensamento: por que o usuário sempre escolhe sentar no lugar (às vezes no único lugar) onde a lâmpada está desligada? É inacreditável!!! Como eles escolhem aquele lugarzinho escuro para ler, que não estimula ninguém em sã consciência a ficar lá?
Também tem o famoso celular que, embora inúmeros pedidos e avisos, insistem em tocar dentro da biblioteca. Mas esse não é o grande problema. O problema é o individuo atender o celular e não ter o desconfiômetro de se retirar. Sem contar aqueles que falam tão alto que nem precisam usar o telefone para chamadas locais, pois a outra pessoa consegue ouvi-lo, de tão alto que fala.
Outro fenômeno comportamental: jogue o lixo no lixo! Frase simples, mensagem direta, às vezes se torna até clichê. Entretanto, toda vez que se passa pelas mesas, cabines individuais, salas de estudo em grupo, e cyber (no meu caso), encontra-se de todo tipo de lixo. De “errorex” à “Jontex”!! (sem exageros). Mas o detalhe é a quantidade de lixeira disponível e distribuída pelo ambiente. Atrevo-me a dizer que no meu caso tem mais lixeira que lixo. E mesmo assim insistem em jogar no chão ou deixar sobre a mesa!!
Tem também um fenômeno incrível: a data de devolução. “Era para devolver quando??” é o que se houve nos balcões. E o atendente muito educado responde: “Olhe no final do livro onde está escrito ‘devolver em’... “, ou então” lembra daquele comprovante que te entreguei, pois é, a data está nele”.
Ai!! Lembrei!! A incrível situação que me lembra um loja. O indivíduo chega ao balcão de atendimento, no caso do acervo fechado, e pede: “Você tem introdução à administração?”. Resposta: “Temos”. Ele aumenta: “Pega também pra mim o manual de C++”. O atendente pega o livrinho fino. E pra fechar a cota (hoje ele está bonzinho): “Pega aquele livro azul, grande, de 2400 páginas”. O atendente, muito prestativo e desenvolvendo sua função na sexta-feira fim do expediente, pega o livro causador de bursite. No final, o usuário diz: “Ah! Não vou levar nenhum, pega só um dicionário para eu consultar aqui mesmo”. Segura o atendente, por favor...
Fatos, casos, causos. O que me consola é não estar sozinho nessa!! Ah! Disso eu tenho certeza!!
Como solucionar esses fenômenos “para anormais” que assombram as bibliotecas? Eis a dúvida que não cala (a boca).
Quem tem outros fatos, caso e causos vivenciados, observados ou que escutou do antigo funcionário, fique à vontade para contar, exceto fatos mais, como direi, “censuráveis”, que devem se manter ocultos... Ou para contar nos eventos da área.

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ainda há esperança: a Biblioteconomia respira

Queridos leitores, principalmente os sul-mato-grossenses (será que tenho algum?), mais uma vez a Biblioteconomia de Mato Grosso do Sul chama cada um que aqui neste Estado se faz atuante. Creio que esta é a hora da mobilização incondicional de cada um que acredita na sua profissão e que não quer ficar isolado em seus locais de trabalho, empoeirando-se em meio às estantes.
O curso de Biblioteconomia do nosso Estado, reitero meu ponto de vista, é o único elo de integração efetivo da profissão e o potencial centro de educação continuada para nossa classe, mas para que ele continue a existir é preciso haver alunos em número suficiente para que mantenham o curso vivo. A tão sonhada e bem estruturada pós-graduação, diga-se de passagem, não floresceu por falta de inscritos suficientes. Vamos deixar isso acontecer na graduação??
Um curso que permite ao acadêmico conseguir estágio remunerado desde o primeiro semestre; com poucos profissionais no mercado; que empregam seus egressos tão logo saem da faculdade (desde que tenham um mínimo de disposição e interesse); que formam profissionais habilitados a desbravar o caos informacional predominante; um curso novo, mas com grandes realizações; tudo isso já se faz suficiente para divulgá-lo. Ou não?
Já houve o primeiro vestibular no mês de novembro e agora a instituição mantenedora está com o “Vestibular agendado” que permite ao candidato marcar o dia para realizar a prova. É mais uma chance àqueles que perderam a data de inscrição ou não puderam fazê-la por algum motivo.
Avisem seus amigos, colegas de trabalho, familiares, conhecidos. Divulguem, é a sua contribuição para a Biblioteconomia e sinal de que você gosta do que é: um(a) Bibliotecário(a)!!!!
Para maiores informações, acessem o site da FUNLEC:
Para solucionar dúvidas, converse com o coordenador do curso de Biblioteconomia, prof. Rodrigo Pereira:

Faça a sua parte, profissional da informação!!!

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 28 de novembro de 2009

Um pouco de Ética faz bem

Me desculpem se o texto é extenso, mas creio ser pertinente a abordagem, não só no âmbito da Biblioteconomia, mas em todas as esferas da nossa vida, enquanto seres sociais.

O tema “Ética” está cotidianamente sendo mencionada no mundo do trabalho e se fixando como premissa fundamental para o bom desenvolvimento das atividades que cercam o meio ao qual os indivíduos estão inseridos. Porém, o assunto se faz pertinente, mais do que nunca, para que a sociedade como um todo resgate seus princípios regentes da boa conduta. Para compreender a importância do assunto, faz-se necessário entender seus fundamentos.
A palavra Ética vem do termo “Ethos” que designa a ciência que busca elucidar questões relacionadas ao modo de ser, caráter, costume dos indivíduos. Tem também laços com a filosofia grega, que a define como “morada do homem”. Em linhas gerais, a Ética permeia os costumes e virtudes do ser humano e sua conduta em relação à coletividade e ao próprio ser.
Os fundamentos essenciais, aceitos pelos estudiosos, ficam concentrados em duas linhas: A primeira está fundamentada na conduta do ser humano, e este passa a ser o eixo norteador, pensando-se sempre em seu favor. A segunda linha ressalta a conduta do ser e seu comprometimento com o as outras pessoas do ambiente em que vive.
O fato de buscar o equilíbrio entre a coletividade e a subjetividade (individualidade) é o que faz da Ética um assunto a ser pensado com muito cuidado, pois a conduta do ser deve estar pautada na compreensão do bem diretamente relacionada ao seu bem-estar e ao bem-estar dos outros indivíduos.
A prática do bem e da justiça requer dos indivíduos o respeito às Leis que regem a sociedade e a preocupação que cada um tem em segui-las. Saber como agir em relação aos outros pode ser considerada a indagação principal que os indivíduos precisam entender.
Os fundamentos da Ética oriundos de Sócrates retratam que o bem, através da prática das virtudes, é decorrência do saber que o indivíduo possui. Segundo ele, a maldade é resultado da ignorância, e esta pode ser combatida através da apropriação de conhecimento.
Ao reportar a Aristóteles, observa-se que o pensador trata a prática do bem como caminho da felicidade e por isso deve ser praticada como ideal, e com o uso da racionalidade. Enfatiza a necessidade de materializar, através de ações, a conduta virtuosa como forma de alcançar sua plenitude.
No que se refere a Platão, percebe-se que ele buscou na “Ética das virtudes” as funções da alma, onde cada parte da alma está ligada a uma virtude e a uma função especial, como por exemplo, a inteligência ligada à sabedoria.
No que tange a Ética epicurista, defende-se que o que importa é a felicidade através do prazer e é isso que se deve buscar. Epicuro traz uma ética centrada no indivíduo, e que este deve ser o objeto de busca do bem. Considerada uma idéia egoísta e individualista, a Ética epicurista preocupa-se com o bem-estar e com a virtude do próprio ser.
Contrariamente à Ética epicurista, a Ética estóica preconiza a abolição dos afetos e prazeres, destacando a virtude por meio da razão. Segundo esse pensamento, o ser humano não precisa dos afetos, pois a própria virtude já basta para completar sua existência, e que os afetos prejudicam o correto andamento da conduta ética.
A partir das idéias iniciais que fundamentam a Ética, muitos pensadores buscaram, de acordo com suas vivências e percepções, compreender a questão ética partindo da investigação da vida do ser humano, permitindo assim a evolução das concepções que outrora se fixaram. Destacam Bérgson, Scheler, Hartmann e Wagner. Outros, investigando a Ética da conduta humana, podem ser citados por suas contribuições, como: Kant, Hobbes, Locke etc.
Ao considerar o exposto, infere-se que a Ética e suas premissas precisam ser inseridas como regentes da conduta humana e se fixar nos indivíduos como norteadora de suas ações, fazendo com que a balança entre individual e coletivo possa ser equilibrada tendo como peso a prática do bem e da justiça.
Assim, os fundamentos da Ética contribuem para o contínuo desenvolvimento da sociedade, e garante o bem-estar de todos, desde que todos a internalizem e a pratiquem, inserindo-a em seu cotidiano.

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 21 de novembro de 2009

Publicação de livros sem burocracia e o acesso a informação

Surge e procura fixar uma opção para o livre acesso à informação. No site “Publique seu livro” existe a possibilidade de publicar sua(s) obra(s) sem precisar passar pela maratona para conseguir o aval de uma editora, principalmente para que não é um escritor conhecido.
Claro que nem tudo é perfeito, pois a parte de divulgação necessita do total e isolado empenho do autor, mas o sistema é interessante. Após cadastro gratuito no site, o autor envia a obra escrita em arquivo PDF, já com toda a diagramação, pronto para ser impresso. Coloca o preço da obra, sua parte em direitos autorais por exemplar, e o preço final do livro para o consumidor. Pronto, seu livro já está à disposição na “vitrine” virtual.
Quando algum interessado se interessar e decidir comprar seu livro, a empresa encaminha apenas o exemplar solicitado para que seja impresso, conforme pedido do cliente. Assim, evitam-se gastos desnecessários com tiragem de exemplares. Como dito anteriormente, o autor fica responsável pela divulgação, mas pelo menos já vence a parte de publicação.
Logicamente existem opiniões divergentes sobre o assunto, o que é natural, mas é inegável que o processo se torna um meio alternativo de disseminação da informação, respeitando a propriedade intelectual do autor, e minimizando o tempo entre a conclusão da obra e de sua publicação.
Veremos no que vai dar...
VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 14 de novembro de 2009

Bibliotecários de esquerda, de direita, de centro, de dentro, e de fora

Refleti alguns dias se eu deveria postar o texto que segue. Enfim... postei.
Participando dos grupos de discussão na área da biblioteconomia, ficam evidentes as numerosas características do bibliotecário brasileiro, que vai do mais revolucionário ao áspero reacionário. Não só nesses grupos, mas em todos os contextos de encontro dos profissionais da informação são observadas as características análogas ao desmembramento político do estado democrático de direito, no entanto, aqui sem conotações partidárias.
A cada nova discussão, pode-se observar que há conflitos entre aqueles bibliotecários que defendem o livre acesso à informação em suas múltiplas facetas (sem analogia ao Ranganathan), e a turma que não tolera nem mesmo o incentivo à leitura que não parta de iniciativas do Bibliotecário. Na posição central ficam os bibliotecários que tentam costurar o debate, trazendo soluções às inquietudes externadas, inclusive, os quais me simpatizo, pois as propostas sempre são coerentes e viáveis. Todas essas classes de bibliotecários compõem o grupo denominado (por mim) de “bibliotecários de dentro”, que movimentam a biblioteconomia de nossa pátria amada.
Por outro lado, temos os bibliotecários inseridos em outro grupo: “os bibliotecários de fora”. São aqueles que estão desconectados do mundo, resumindo suas atuações às unidades de informação que gerenciam. A esses bibliotecários, o contato com o mundo biblioteconômico e com o cerne da sociedade da informação se resume aos e-mails ainda recebidos por colegas insistentes, ou a visitas esporádicas por algumas páginas especializadas, porém, sem participação.
Assim, o que se tem? Bibliotecários consumidores de informação que nem ao menos assumem o papel de disseminadores de informação, quiçá produtores da mesma. São os profissionais “bibliotecários de fora” que não se posicionam em suas percepções, nem de esquerda, nem de direita, nem de centro. Apenas “de fora”.
Não entro no mérito da questão referente à atuação nas unidades de informação, afinal, é para gerenciá-las que eles são designados (e pagos). O que questiono é ausência de muitos colegas que não procuram interagir com seus pares. Qual motivo para tanta omissão?
O convite é sempre feito, falta apenas a interação. Acreditem, cada opinião é válida, cada comentário é pertinente, cada participação é enriquecedora. O que se precisa cada vez mais é de uma Biblioteconomia unida, integrada, dinâmica, que só o diálogo possibilita. Aos “bibliotecários de dentro”, continuem a interagir. Aos “bibliotecários de fora”, entrem e participem. Todos agradecem!!

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

BIBLIOTECONOMIA DO MS: VESTIBULAR

Mais uma vez, ao editar este que é o meu “post” principal, sinto uma mistura de satisfação, por tudo o que tem sido feito em Mato Grosso do Sul, especificamente, em Campo Grande, nossa capital, em torno da Biblioteconomia e, ao mesmo tempo “revolta” e temor por perceber, que a cada vestibular para o nosso curso, a história se repete! Não há dúvida que o mercado para àqueles que querem, de fato, atuar na área, é promissor e instigante… Cada vez mais a área de expande e os profissionas bibliotecários diversificam sua atuação e contribuição social. Todavia, isso, ainda, não tem se refletido em nosso curso. Estamos na iminência de um novo vestibular, nos foi imposto um grande desafio, conseguir 40 novos alunos para o curso de Biblioteconomia. Sabemos que circustancialmente isso não é tarefa fácil, mas nunca foi fácil, temos permanecidos pela nossa insistência e teimosia, e assim continuaremos! Assim sendo, peço-lhes, a todos os frequentadores do meu Blog, que nos ajudem a realizar um grande movimento em torno desse vestibular que acontecerá no próximo dia 21 de novembro, sábado, às 14 horas no IESF. Divulguem essa informação, se cada um de nós iniciarmos um grande movimento em nossos ambientes de atuação social e profissional, não tenho dúvidas que venceremos mais esse desafio!

Divulguem essa idéia!!! VESTIBULAR PARA O CURSO DE BIBLIOTECONOMIA 2009 – DIA 21/11, SÁBADO, ÀS 14 HORAS NO IESF!
Visitem este endereço: http://www.ofaj.com.br/mercados_conteudo.php?cod=0&sub=1

Abraços a todos! Continuo acreditando na Biblioteconomia, e sobretudo naqueles que a justifica!!!

Fonte: Prof. Rodrigo Pereira. Disponível em: http://rodrigopereiracg.wordpress.com/

---------------------------------
Para maiores informações sobre o vestibular, visite o site: http://www.funlec.com.br/Default.aspx?tabid=81&ItemId=720

Informações sobre o curso de Biblioteconomia do MS, visite a página: http://www.funlec.com.br/EnsinoSuperiorIESF/CursodeBiblioteconomia/tabid/70/Default.aspx

sábado, 24 de outubro de 2009

Assimetria de informação no setor de energia elétrica: vale a pena ver de novo?

Parece até filme repetido, ou melhor, novela repetida. Os fatos sobre a energia elétrica e os valores cobrados a maior pela concessionária de energia novamente se colocam em evidência na mídia. Porém, o que se vê é um total desconhecimento do que ocorre nesse ambiente, principalmente por aqueles que procuram defender a população, a maior prejudicada.
O que aconteceu no Estado de Mato Grosso do Sul serviu de exemplo para todo o Brasil, mostrando que a falta de informação, aqui tratada como a assimetria de informação no ambiente regulado, pode onerar substancialmente os consumidores desse serviço público. Mas o exemplo parece não ser seguido pelos outros estados, como foi observado nas falas do superintendente do PROCON-SP, que mostrou total falta de conhecimento sobre como agir nesse cenário, apenas alardeando a notória realidade.
Obviamente que a culpa não é dele, afinal, conhecer e entender o ambiente regulado não é nada fácil, sobretudo se as regras do jogo são dadas, mas não controladas efetivamente pela ANEEL, que deveria ser o “árbitro” imparcial. Ter acesso às informações e fazer sua eficaz gestão também se torna complicado, tendo em vista a gama de variáveis envolvidas.
O que se vê é novamente uma discussão a ser desencadeada, mas que nem de longe mostra resultados concretos, a tomar como exemplo a CPI instaurada, e que mexe, ou tenta mexer, no órgão máximo da escala federal. Doce ilusão.
Mato Grosso do Sul foi o pioneiro, após outras tentativas, em forçar respostas por parte da agência reguladora, bem como da própria concessionária, e que teve como conseqüência a devolução dos valores cobrados a maior dos consumidores do Estado. Porém, o diferencial dessa batalha que ainda não acabou foi que a assimetria de informação esteve minimizada, em minha opinião, pela primeira vez. O conhecimento sobre o ambiente regulado passou a fazer parte dos membros do Conselho de Consumidores de Energia, os quais procuraram, por meio de consultoria, obter conhecimento necessário para questionar a concessionária e a própria ANEEL, tanto na questão econômica, jurídica, quanto na própria regra do jogo.
Não prolongarei a conversa , até porque discuti muito desse cenário em minha pesquisa, porém indago: Por que os outros estados não usam o exemplo de Mato Grosso do Sul e seguem nessa linha de trabalho? Por que voltar no começo, correndo o risco de se perder no caminho? Para que “inventar a roda” novamente? Esse povo gosta de novela.
Acompanharemos os novos capítulos, e veremos o que a assimetria de informação é capaz de fazer. Enquanto isso, todos continuam a pagar suas contas de energia, sem saber realmente o porquê de tais valores.
VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 17 de outubro de 2009

Breve relato: o Bibliotecário e a fronteira

Confesso que os últimos dias foram agitados, tudo decorrente de, digamos, uma nova experiência fronteiriça. Posso dizer que a dois meses estou vivenciando e dando maior importância à interação entre as diversas culturas, bem como, os benefícios de buscar o diálogo além das fronteiras existentes, e não me limito somente a fronteira geográfica, espacial.
Tive e estou tendo o privilégio, por exemplo, de conversar com uma bibliotecária cubana, Yadira, que vem contribuindo muito para meu crescimento. Destaco aqui meus agradecimentos às suas contribuições. Uma experiência nova para mim, em meus poucos anos de vida.
Ao mesmo tempo, participei essa semana da seleção do Mestrado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, cuja discussão gira em torno justamente sobre as interações e possibilidades em uma região de fronteira, em seus múltiplos vieses de abordagem.
Eu, enquanto bibliotecário, e agora atuando em uma região fronteiriça, limitrofe Brasil-Bolivia, começo a enxergar as riquezas desse intercâmbio, o que outrora não era possível. Fatores como cultura, idioma, economia, dependendo da situação, podem limitar a troca de informações, mas ao vencer essas barreras, certamente os resultados serão imensamente positivos.
Por isso é necessário que possamos permitir a nós mesmos nos aventurar ao novo, ao desconhecido. Muitas surpresas maravilhosas teremos. Estou tendo as minhas.
Encerro por aqui, mas saliento que haverão muitas outras discussões sobre o profissional da informação na fronteira, principalmente o ano que vem. Aguardem...
A quem viveu ou vive essa experiência, fique à vontade para comentar.

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS, CLIQUE AQUI

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PROLER 2009



Acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de Outubro o 10º Encontro do PROLER, na cidade de Campo Grande, MS. Evento tradicional nas várias regiões do país, Mato Grosso do Sul não poderia ficar de fora. O PROLER no Estado vem a cada ano contribuindo para a educação continuada dos diversos profissionais, promovendo também a interação entre eles.
Sempre com dinamismo, todo ano busca inovar, seja nas palestras e oficinas, seja nas atividades culturais, e até mesmo facilitando o acesso ao local do evento.
Faça já sua inscrição. Para saber mais sobre o evento, clique aqui para ver o folder de divulgação.

sábado, 10 de outubro de 2009

Novo recurso de comunicação: O Bibliotecário on line

Quando resolvi criar este blog, a intenção principal era (e continua sendo) interagir com os profissionais da informação, meus pares, e também com pessoas interessadas em discutir os mais variados vieses que envolvem a Biblioteconomia e a Ciência da Informação.
A cada dia, buscar recursos que empregam mais dinamismo ao processo de compartilhamento de informação e à comunicação passou a ser uma missão para mim. Com tantos recursos, a incompatibilidade se tornou empecilho e fonte de análise, pois nem todas as ferramentas interagem em um nível uniforme e global.
Diante do exposto, começa a fazer parte deste espaço um novo recurso de comunicação, que aderi após conhecê-lo por meio da postagem de Moreno Barros no blog “Bibliotecários sem fronteiras”. O recurso se chama “Bibliotecário on line”.
Para interagir, basta digitar sua mensagem no campo ao lado, no recurso “Bibliotecário on line” e apertar a tecla Enter. Não há necessidade de fazer cadastro nem login. É o genuíno livre acesso.
A única recomendação para que o aplicativo funcione é ter instalado o plugin do “Flash player”, que provavelmente já está instalado na maioria dos computadores. Caso não esteja, clique aqui e instale agora.
Fique à vontade para escrever críticas, sugestões, tirar dúvidas, solicitar informação etc. O que eu puder contribuir, certamente o farei, com a vantagem da comunicação instantânea e sem problemas de compatibilidade. Caso queira receber informações como notícias por e-mail e serviço de alerta, utilize este recurso, enviando seu endereço eletrônico e seu nome para que eu adicione à minha lista de contatos.
O novo recurso ainda está em fase de teste, e por isso peço a colaboração de vocês no sentido de utilizar a ferramenta e ver suas possibilidades.
Qualquer dúvida sobre a utilização do sistema deixe comentários que respondo.
Bem vindos à nova fase da comunicação deste espaço. Vamos teclar.

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 3 de outubro de 2009

As estrelas da Biblioteconomia de Mato Grosso do Sul

O Guia do Estudante reconheceu recentemente a qualidade do curso de Biblioteconomia de Mato Grosso do Sul, através de sua mantenedora, o Instituto de Ensino Superior da Funlec, e atribuiu-lhe “3 estrelas” como indicativo de que o curso cada vez mais está ganhando notoriedade, e melhor que isso, crescendo ao longo dos anos.
À primeira vista parece não ser tão vertiginoso esse desenvolvimento, afinal, há outras instituições que receberam mais estrelas. Entretanto, em uma análise mais aprofundada, pode-se notar que os contextos entre tais instituições e o IESF são diferentes, bem como o curso em questão.
O curso de Biblioteconomia do IESF, único curso de Biblioteconomia no Estado de Mato Grosso do Sul, teve sua primeira turma formada em 2006, perfazendo um total exato de 100 bacharelados no Estado até o presente momento, segundo dados da coordenação do curso de Biblioteconomia do IESF.
Isso sugere que a biblioteconomia sul-mato-grossense teve um amadurecimento em 3 anos, caminhando quando deveria engatinhar, se for levada em conta sua idade.
Nessa perspectiva, o mérito das 3 estrelas da Biblioteconomia se multiplicam em centenas de outras estrelas que formam a classe bibliotecária de Mato Grosso do Sul. Mesclam-se com profissionais de outros estados, que vem contribuir com seus conhecimentos, aprimorando as teorias e práticas dos que aqui atuam.
De professores do curso a profissionais em unidades de informação, que possibilitam diariamente o reconhecimento profissional por parte da sociedade, ainda com a imagem ultrapassada do profissional da informação e de sua “utilidade”.
Houve muitas conquistas ao longo do tempo, e em minha opinião, toda a área biblioteconômica no Estado está em um momento singular, que deve ser aproveitado. O reconhecimento está existindo, e precisamos conquistar mais vitórias. Paralelo a isso, existem desafios, que precisam ser superados, e que espero que sejam vencidos sim.
Por isso, esse breve texto é pra dizer: Parabéns a todos os bibliotecários que buscam possibilitar o acesso à informação para o povo de Mato Grosso do Sul. As verdadeiras estrelas são vocês!!!

Contribuição: Prof. Rodrigo Pereira

domingo, 27 de setembro de 2009

“Incomodados” e “acomodados”: a diferença

Após visita ao blog do professor Rodrigo (ver minha lista de indicação de Blogs), li um comentário de uma acadêmica de biblioteconomia que me motivou a escrever comentário de resposta, e por conseqüência, esta nova postagem, quando coloquei duas palavras parecidas no som, mas diferentes na essência.
Veja que as palavras que estão entre aspas no título acima têm uma sonoridade parecida: “incomodados”, “acomodados”. Mas o significado delas não tem nada em comum. Veremos, segundo o dicionário Aurélio, como desenrola essa aproximação pela diferenciação.
Incomodado [Particípio de incomodar.] Adjetivo. 1.Que sofre incômodo ou sente incomodidade. 2.Molestado, importunado.
Incomodidade: 1.Qualidade ou situação de incômodo; falta de comodidade.
Comodidade: [Do lat. commoditate.] Substantivo feminino. 1.Qualidade do que é cômodo. 2.Bem-estar, conforto.
Acomodado [Part. de acomodar.] Adjetivo. 1.Apropriado, adequado, cômodo. 2.Tranqüilo, quieto, sossegado. 3.Ajustado a uma situação sem estar, ou não estando inteiramente, de acordo com ela; adaptado.

Peço a ajuda de vocês, fantásticos leitores, para analisar esse desenvolvimento.
Nota-se que o adjetivo “incomodado” se refere a alguém que está sendo “importunado” por alguma coisa, um fato, uma situação, ao passo que alguém “acomodado” está “sossegado”, ou “adaptado” em determinado ambiente ou situação, que possibilita a ele não querer sair de lá, afinal, não está sendo “importunado”.
Trazendo para o contexto biblioteconômico, o que se vê são muitos profissionais “acomodados” em seu ambiente de trabalho, ou até fora dele, e que não estão “incomodados”, nem com sua situação, muito menos com a situação da classe e da área. Aos que estão em seus locais de trabalho, muitos em bibliotecas, até podem ser justificados por seus salários, garantidos todo mês, principalmente se forem funcionários públicos.
Já os acomodados que estão fora do mercado de trabalho, se torna ilógico estarem acomodados, afinal, muitos estão desempregados, ou estão trabalhando em áreas diferentes, muitas vezes, com função de nível médio. Estão deixando de exercer sua profissão, de ganhar mais, de realmente contribuir em sua área de formação, e continuam isolados por diversos lugares.
Por outro lado, e que bom que existe o outro lado, tem-se na biblioteconomia verdadeiros profissionais “incomodados” com várias situações, e estes movimentam e desenvolvem a área. Antes eu havia me referido aos funcionários públicos, e aqui volto a lembrá-los. São os funcionários públicos que tem tudo para serem profissionais acomodados, mas, pelo contrário, estão sempre ativos, militando na área, inquietos em seus questionamentos e ideias, e que inquietam mais e mais pessoas.
Na lista de “Incomodados” estão profissionais fantásticos, que não desistem de tentar, de interagir, de recriar, e que muitas vezes fazem isso somente com a recompensa de se sentirem úteis. A estas pessoas, fica o agradecimento, direto ou indireto, até mesmo dos “acomodados”, que se beneficiam de tal proatividade.
A cada ano saem novas turmas das academias, egressos que receberam muitas informações de seus “incomodados”. Egressos que terão que escolher se serão “incomodados” ou “acomodados”.
E você, acadêmico, profissional, em sua atual situação, se sente “incomodado” ou “acomodado”?? Não se sinta envergonhado em dizer. Afinal, um importante passo para encontrar a solução é reconhecendo o problema.

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 19 de setembro de 2009

Campanha “troque Jô Soares por Leda Nagle”

Confesso que esta não era para ser a postagem da semana, e eu já estava com um texto pronto para publicar. Porém, algo me chamou a atenção e decidi compartilhar com vocês.
Não sou adepto à televisão, sobretudo, quando se trata da televisão aberta. Alguns poucos programas se salvam, em minha opinião, como o “Altas horas”, por exemplo, mas a maioria apenas explora nossa irracionalidade primitiva, cheio de conteúdo banal, diálogos com duplo sentido, e muita, muita, pornografia disfarçada.
Mesmo assim, na quarta-feira fui motivado a acompanhar o “Programa do Jô”, ocasião em que entrevistava um abnegado cidadão que é responsável por difundir a cultura e o conhecimento pelas comunidades rurais de uma região do país (veja a entrevista). A oportunidade de ouvir em rede nacional, em canal aberto, relatos de sucesso da leitura e da biblioteca servindo à sociedade, sem dúvida alguma é um momento ímpar. Cheguei da biblioteca onde trabalho, e a entrevista havia começado naquele instante. A noite prometia.
Entretanto, a muito se sabe que nem tudo é perfeito. Com isso, ao mesmo tempo em que se tem uma pessoa como o professor Geraldo Prado disposto a relatar as contribuições maravilhosas que vem fazendo em prol da população, também se tem um apresentador disposto a ouvir pouco e a fazer muita piada (sem graça).
A cada relato sobre a biblioteca itinerante, sobre a história da formação do acervo da biblioteca no sertão baiano; da conquista de leitores; das parcerias incríveis com diversos órgãos e elaboração de projetos para captação de recursos, ouviam-se comentários maliciosos do entrevistador, piadas com seu “bode expiatório”, Bira, e tudo mais que se possa tentar ser engraçado, em um assunto da maior importância. O ápice de tal comportamento inoportuno foi quando “o da caneca” preferiu caçoar do animal escolhido para simbolizar a disseminação da leitura e do conhecimento, análogo à realidade nordestina, em detrimento em saber de que modo tal gesto impactou no desenvolvimento daquela localidade.
Para encerrar a brilhante entrevista, o avultoso apresentador recebe com tom de menosprezo a lembrança do humilde entrevistado. O presenteado só muda abruptamente de tom ao saber que a mesma foi comprada em Copenhague, Dinamarca.
Transcrevendo a mensagem de meu amigo Marcos Rubens, também perplexo ao final da entrevista, em que ele diz: “excesso de cultura ou falta dela fez mal a consciência sociocultural dele”, se referindo ao entrevistador. Aproveito e transformo-a em pergunta: excesso de cultura ou falta dela fez mal a consciência sociocultural dele?
É notório o conhecimento que Jô Soares possui, desde cultura geral, passando pela literatura, dramaturgia, música, e idiomas. Uma pessoa muito inteligente, que tem a possibilidade de transformar seu programa em um verdadeiro ponto de cultura, mas que prefere, ou não controla, sua mania de contador de piada sem graça.
Por outro lado, ao acompanhar o programa “Sem censura”, apresentado por Leda Nagle na Rede Brasil, fica evidente o que é um verdadeiro programa de entrevistas, e mais, com conteúdo proveitoso.
Talvez por coincidência ou propósito do destino, cheguei da biblioteca na quinta-feira, e liguei a televisão no programa citado, momento em que passava a Leda entrevistando Pedro Cardoso. Na ocasião, o ator de “A grande família” dava uma verdadeira aula de cidadania, de sabedoria, de ética e moral a todos. Falava desde a pornografia na televisão, até a opressão do Estado sobre a individualidade e liberdade do cidadão. Em nenhum momento Leda interrompeu o entrevistado, nem mesmo no momento em que ele se posicionou a favor da desregulamentação da profissão de jornalista, cuja ideia ela não corroborava. Muito menos fez piadinha sem graça, para “quebrar o gelo”.
Naquela hora pensei: “bem que o entrevistado do ‘Programa do Jô’ de ontem poderia ter ido no ‘Sem censura’, da Leda”. Mesmo que a audiência fosse menor, ainda assim ganharia muito mais notoriedade, e aproveitamento. Mas como mencionei no início, nem tudo é perfeito.
Por isso, a partir de hoje, vou aderir à campanha: “troque Jô Soares por Leda Nagle”!!!! Sem dúvida contribuiria mais para o desenvolvimento da sociedade, em seus inúmeros aspectos.
Fica o convite a todos os que viram a entrevista de quarta-feira, e que se sentiram incomodados com a falta de noção do entrevistador, apresentador, comediante, ou seja lá o que ele acha que é.
VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 12 de setembro de 2009

O Bibliotecário e sua imagem na teia global: o que o Google diz de você?

No meio tempo em que fiquei sem postar, algo me provocou uma vontade repentina de saber como o mundo me vê, ou melhor, como eu sou visto na grande teia global, “dominada” pela ferramenta Google.
Partindo do pressuposto que somos aquilo que o mundo nos descreve, observe que o filtro de tal descrição passa quase que em sua totalidade pelo que o Google direciona através dos seus mecanismos de busca, e que passa a ser a verdade a respeito de cada um.
Um ponto interessante a ser notado é que muitas instituições, ao contratar determinado profissional, estão utilizando a internet como forma de seleção, seja através de visitas ao perfil do candidato no Orkut, seja através de seu blog na internet, ou mesmo através de busca em ferramentas como o Google. A escolha depende agora também do que a web recomenda, e do que ela fala a seu respeito. Se ela não falar nada a seu respeito, isso pode até ser um mau sinal: você não existe no mundo (ao menos virtual).
Outro fator a ser levado em consideração com nossas informações na internet é a predominância de conteúdos que acabam por dar a nós um estereótipo, ou, um perfil profissional. O que pensaria um analista de RH de uma empresa ao buscar o nome de um candidato na internet e descobrir páginas e páginas de editais de concursos públicos? Será que seria contratado em detrimento a outro candidato que participa e aparece em listas de discussão, em fóruns ou em palestras e workshops?
O mercado de trabalho busca um profissional alinhado ao seu objeto de trabalho ou pesquisa, em constante movimento, e a web passa a ser o disseminador daquilo que acontece também no mundo real.
Assim, convido vocês a fazerem um teste: pesquisem seus nomes e descubram: o que o google diz de você? Bibliotecários, vocês existem para o mundo (web)?? Seu nome está ligado à sua atividade e profissão?? Você está em movimento??
Obviamente que alguns nomes por serem comuns serão posicionados com outros não relacionados, mas não impedem de descobrir quem vocês são para o mundo através da grande teia global. Um exemplo disso foi o teste que fiz com o prof. Rodrigo Pereira, colocando somente “Rodrigo Pereira”. É um nome muito comum. Mesmo assim, obtive uma recuperação sobre ele na primeira página do Google. Então, mesmo que seu nome seja comum, o diferencial estará na sua atuação.
Bom teste a todos.

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 29 de agosto de 2009

Projeto “Diálogos Informacionais”

Começa neste sábado (29/08/2009) o projeto “Diálogos informacionais”, iniciativa dos docentes do curso de Biblioteconomia do IESF, em Campo Grande-MS, e que se faz pertinente do ponto de vista tanto da educação continuada quanto da integração entre os profissionais da informação de Mato Grosso do Sul.
Conheça o projeto.

O que é?
Diálogos Informacionais é um projeto de extensão do curso de Biblioteconomia do IESF (Instituto de Ensino Superior da FUNLEC) idealizado e coordenado pelos professores Iuri Rocio Franco Rizzi e Orlando de Almeida Filho.
Para quem?
É voltado para os acadêmicos e professores do curso, para bibliotecários e profissionais da informação e demais interessados da comunidade externa.
Como surgiu?
O projeto surgiu da idéia de promover espaços de diálogo, aprendizado e interação entre os participantes, para além dos espaços tradicionais de sala de aula e laboratórios.
O que pretende?
Os objetivos do projeto são:
-Complementar a formação dos acadêmicos de Biblioteconomia do IESF.
-Proporcionar aos alunos egressos e bibliotecários da cidade uma possibilidade de formação continuada.
-Promover a aproximação entre academia e sociedade, isto é, entre os estudantes e os profissionais da área de Biblioteconomia, fortalecendo os elos entre ambas e a categoria como um todo.
Como?
O projeto se caracteriza por rodas de diálogos e dinâmicas de grupo entre os participantes. Os temas abordados poderão ser os mais diversos, dentro do contexto da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, de acordo com o interesse dos participantes. Para o início das atividades, nós preparamos algumas dinâmicas e temas geradores. A partir daí, o grupo decidirá os caminhos a serem tomados para a construção do conhecimento. Portanto, todos os envolvidos poderão (e serão incentivados a) interferir no decorrer do processo e nos temas debatidos. Os temas geradores poderão partir das mais diversas manifestações culturais: textos, livros, filmes, entre outros, priorizando os materiais e temas não abordados em sala de aula. A característica de informalidade também será almejada e os locais escolhidos para a realização do projeto levarão em conta este ponto, preferencialmente lugares abertos, ao ar livre e diferentes dos locais tradicionais de aprendizado dos acadêmicos, como salas de aula e laboratórios.
Aos interessados, fica o convite e o endereço do blog do projeto para mais informações:
http://dialogosinfo.blogspot.com

Fonte: Blog “Diálogos Informacionais”

Deixe um comentário, clique aqui

sábado, 22 de agosto de 2009

Mas pega fogo... Coloco lenha então!!!

Queridos leitores, não estranhem o título desta postagem. Ela é apenas oriunda da empolgação que me “acometeu” nosso colega Rosalvio, cujo manifesto sobre o “Curso de Especialização à distância em Gestão de Bibliotecas Escolares” na UFSC para bibliotecários e professores deu “pano pra manga”. A quem ainda não teve acesso ao texto, queira solicitar através de comentário que encaminho, e tirem suas próprias conclusões.
O motivo para tanto alvoroço na classe, que começou em Santa Catarina e se espalhou pelo Brasil, foi o fato de tratar do antigo conflito entre bibliotecários e professores em bibliotecas escolares. Além disso, também se observa a presença de um assunto já discutido nesse espaço, a desregulamentação da profissão.
Sem ater à minha opinião, deixo aqui fragmentos de palavras acaloradas do prof. Dr. Francisco Chagas de Souza, e também do colega Rosalvio, a respeito do curso de especialização, através do grupo de discussão que participo.
Após Rosalvio se colocar totalmente contra o fato de o curso de especialização aceitar professores, através de manifesto enviado por e-mail, Francisco emitiu um texto na lista de discussão da ACB, cujos fragmentos seguem:
[...] E esses esforços devem ser feitos de modo a que direitos conquistados pela sociedade e pelas profissões sejam preservados e que novos benefícios possam vir a ser conquistados para ambas as partes. Esse é o horizonte do Curso em questão. Assim, por quaisquer ângulos que se
queira ver: social, educacional, econômico, político ou jurídico, o Curso de Especialização a distância - Gestão de Bibliotecas Escolares É LEGAL.
De acordo com suas atribuições dadas legalmente, cabe a UFSC capacitar pessoas nas condições que suas fontes de financiamento assegure e, por ser uma Instituição pública seu ensino deve ser gratuito! O Curso é Gratuito!
Dentre os níveis de ensino possíveis a UFSC oferece a pós-graduação lato sensu. O Curso é de Pós-graduação! A quase totalidade das bibliotecas escolares em Santa Catarina não dispõe de bibliotecários graduados em nível superior. Mas aquelas que dispõe desses profissionais podem estimulá-los ao aperfeiçoamento. As escolas que não contam com a atuação de bibliotecários graduados em nível superior em sua biblioteca, mas se professores, podem estimular esses professores a participar do Curso desde que tenha o nível superior. O Curso vai pós-graduá-los e não profissionalizá-los. E indiretamente vai estimular as escolas a colocar nas suas bibliotecas bibliotecários graduados em nível superior, pois que o custo salarial do professor tende a ser igual ou maior que o do bibliotecário. Esse aspecto deve ser considerado!
[...]
Assim, haverá ilegalidade cometida pelo CRB se ele registrar como bibliotecários pessoas que não apresentem diploma de graduação em biblioteconomia, mas apenas de PÓS; haverá ilegalidade cometida pelo CRB se ele fechar os olhos para atuação, como bibliotecários, de professores com ou sem diploma de PÓS; haverá ilegalidade cometida pelo CRB se ele registrar e deixar de cobrar as anuidades dos profissionais de biblioteconomia.
[...]
Assim, não há base legal para se arguir a ilegalidade de funcionamento do Curso de Especialização a distância - Gestão de Bibliotecas Escolares/UFSC.
Att.
Prof. Francisco das Chagas de Souza, Dr.”

Diante do texto, Rosalvio fez suas considerações:
“[...]
Creio que todos poderão tirar suas conclusões depois da leitura. Mas coloco aqui alguns questionamentos:
1- Dá para acreditar que depois de fazer, o curso onde os professores irão aprender matérias específicas da atuação profissional do bibliotecário, esses professores não irão aplicar esses conhecimentos nas bibliotecas de suas escolas?
2- Dá pra acreditar que o curso "indiretamente vai estimular as escolas a colocar nas suas bibliotecas bibliotecários graduados em nível superior, pois que o custo salarial do professor tende a ser igual ou maior que o do bibliotecário"?
3- É de se esperar que uma escola seja "ingênua" a ponto de acreditar que a legislação que rege a profissão de bibliotecário seja suficiente para impedir o exercício ilegal da profissão?
4- É eticamente aceitável (já que legalmente é permitido) que uma escola produza pós-graduados capacitados para certas tarefas e coloque nos CRBs a responsabilidade de "impedí-los" de realizá-las?
5- Qual é o propósito de um curso desses se não é para os egressos atuarem em bibliotecas?
6- Os professores do curso irão esclarecer os pós-graduandos de que não poderão atuar em bibliotecas?
7- Pra que gastar dinheiro público para ensinar conhecimentos que por lei não poderão ser aplicados, exceto no caso do pós-graduado ser bibliotecário?
[...]
Vou dizer no que acredito depois de um curso desses:
- Dentro de pouco tempo teremos professores de escola dando de dedo na cara de bibliotecários se dizendo mais capacitados para o exercício da profissão.
A bem da verdade isso já acontece, mesmo sem o curso.
A UFSC/PGCIN pode estar agindo legalmente. Mas nem tudo que é legal é também moral e ético.
ACORDEM BIBLIOTECÁRIOS!!!
Ter uma profissão é tão importante que, quando se pergunta a alguém sobre o quê, ou quem ela é, sempre responde com o nome de sua profissão.
[...]
Rosalvio”

Diante do exposto, fica aberto à considerações.
A quem ainda desconhece o currículo do curso em questão, favor acessar o site da UFSC, na página do Departamento de Ciência da Informação ((http://www.cin.ufsc.br/ead.php ), para se interar do assunto.
O debate ainda está quente, e parece que inflamará mais. Quem precisar... tem lenha...

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 15 de agosto de 2009

Participação e interação neste espaço: análise e crítica

Aos seguidores deste espaço, tenho a grata satisfação em agradecer suas participações em todo o primeiro mês da construção do blog. Pretendi, ao criá-lo, desenvolver uma dinâmica de expressão, comunicação e debates, expondo minha percepção dos fatos que ocorrem em nosso meio profissional e acadêmico. Obviamente que nem sempre as opiniões convergem, o que é muito bom, afinal, da construção e desconstrução do pensamento é que o ser humano evolui ao longo da história com seus conceitos.
O texto a respeito da desregulamentação das profissões foi uma boa opção para acender o espírito de participação dos bibliotecários, porém, nem tanto como se poderia acreditar. Por isso fica a pergunta? Por que não há a participação efetiva, constante e em grande escala dos profissionais da informação de Mato Grosso do Sul?
Uma felicidade que tive e que corrobora com o que estou discorrendo é a participação de profissionais de outros Estados, seja em comentários, tornando-se membros, ou disseminando este espaço através de links nos seus blogs.
O fato é que sinto falta da participação, ainda mais, daqueles que foram meus professores ao longo do curso, e que sempre incentivaram o debate, o dinamismo e a escrita. Salvo exceções como Rodrigo e Eunice, incentivadores deste blog, que já deixaram valiosas contribuições em minhas postagens.
Mas, pergunto a você, caro leitor: o que não está funcionando? Por que não encanta? Os temas abordados são irrelevantes, fora de contexto? O que você gostaria de abordar?
Esta primeira análise traz questões como as explicitadas acima, de modo que possamos direcionar os textos à medida dos interesses coletivos da classe bibliotecária.
Fica então aberto a colocações, e espero que possamos ter mais participações, de modo que haja a inédita e tão sonhada união e interação dos bibliotecários do Mato Grosso do Sul, e claro, dialogando com os bibliotecários do nosso querido Brasil, sempre bem-vindos.

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Desregulamentação das profissões: e a Biblioteconomia?

Quando dei nova dinâmica a este blog, prometi a mim mesmo que iria estipular uma periodicidade em minhas postagens, determinada por, pelo menos, uma semana para atualizações. Determinei também que iria postar atualizações aos sábados, para facilitar a leitura daqueles que acessam este espaço.
Entretanto, vendo que a discussão sobre um novo tema se desenrola na postagem anterior, sobre o CBBD, me senti motivado a escrever e publicar antecipadamente um texto pertinente ao assunto. Coincidentemente, a própria discussão sobre o tema a ser abordado também se desenrolou no Congresso, em reunião com a ABECIN. Enfim, aqui se fará o espaço de discussão e debates “apimentados”, e assim espero que seja.
A discussão em questão se refere à “desregulamentação das profissões”, debate que envolve uma imensa quantidade de profissionais, inclusive bibliotecários, e que dará uma reviravolta no mercado de trabalho, caso se concretize. O fato é que o “agito” já começou, só quem está dormindo pesado é que não ouviu o barulho.
Sua evolução pode até assustar, devido à aparente formulação in continenti de seus pressupostos ideológicos e legais, mas não é bem assim. O debate não é novo e provavelmente não terá fim tão logo, embora decisões isoladas possam aquecer ainda mais a construção efetiva da idéia. Decisões como o parecer do ministro Gilmar Mendes, presidente do Superior Tribunal Federal, e sua declaração sobre o futuro das profissões, em especial, naquela ocasião, da profissão de jornalista. Tudo isso pareceu abalar o pensamento dos “inexoráveis” conselhos de classe, sindicatos, federações e afins, que já se reúnem para medidas de proteção.
Muitos defendem a extinção da exigência de curso superior para atuação em determinadas profissões, e que o diploma não representa, e eu concordo, o conhecimento que o indivíduo possui sobre alguma área. Sabe-se que o diploma não é a garantia de empregabilidade, e sim o conhecimento adquirido pelo profissional ao longo de sua formação, que não cessa na graduação.
No entanto, abrir mão de uma seleção prévia de profissionais é transformar o mercado em um caos profissional, analogia ao nosso “caos informacional”, indubitável em sua existência. Acaba por permitir que pessoas envoltas em silogismos erísticos sobre suas competências e habilidades assumam o lugar dos profissionais realmente capacitados para a função.
Não é uma questão de atender somente às demandas empresariais, mas de dar à sociedade um profissional qualificado em suas atividades técnicas, científicas e, sem dúvida alguma, sociais.
O “autoritarismo brasileiro” citado por alguns defensores da desregulamentação das profissões, ao mencionarem a inexistência de regulamentação em países do continente americano e europeu, “evoluídos” em seus pensamentos, fixa um descrédito nesse que é o modelo viável à garantia de trabalho aos profissionais em seus vários filões do mercado, que é o modelo brasileiro.
As bandeiras da liberdade e da democracia não podem ser o arrimo para permitir que qualquer pessoa se dirija como o profissional almejado, desde um rábula no lugar de advogados, ou uma “tiazinha” no lugar de bibliotecários. Claro que excessos devem ser verificados e combatidos como, em minha opinião, o exame da Ordem dos Advogados do Brasil, que se coloca totalmente contrário a liberdade do exercício da profissão em um Estado democrático de direito; e o oportunismo de uma elite escondida atrás do sindicalismo altamente corporativista.
Nesse contexto todo, a Biblioteconomia também precisa se posicionar, e seus profissionais devem dialogar sobre a situação, se colocar, seja a favor ou contra a desregulamentação profissional, para que não sejam pegos de surpresa quando o estopim vier, se é que ainda não veio. Quem acha que está seguro em suas bibliotecas, arquivos ou outros locais deve repensar sua posição.
Para finalizar e abrir a contribuições dos pares, expresso uma colocação que pode parecer que vem de encontro a muito do que eu disse, mas destaco que nós, bibliotecários, devemos em primeiro lugar, buscar a verdadeira auto-regulamentação, que é traduzida pelo conhecimento e reconhecimento da sociedade, ao ver nossa profissão como imprescindível meio de mudança e desenvolvimento, o que não ocorre nos dias atuais. Mas enquanto isso, mantenha-se a regulamentação.
Aberto a considerações.
Clique aqui para fazer um comentário.

sábado, 1 de agosto de 2009

CBBD 2009: 3º diálogo (final): Apresentações e stands

Mesmo diante de tamanha importância que é a contribuição do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (CBBD), tanto para as pesquisas quanto para as práticas dos profissionais da informação, encerrarei os relatos sobre os acontecimentos, tendo em vista que, em mundo cada vez mais dinâmico do ponto de vista da informação, como o que vivenciamos na atualidade, outros fatos e discussões carecem de uma intervenção para o desenvolvimento do pensamento humano, e consequentemente, a saída do status “quo” que, porventura, possa existir a respeito do assunto e que não deve prevalecer. E acontecimento na área é o que não falta!
Por esse entendimento, neste último diálogo a respeito do CBBD, faço um breve relato sobre as apresentações vistas por mim, bem como uma observação geral dos stands e suas respectivas instituições participantes, de modo a dar a quem não pode participar, a noção, mesmo que superficial, do que lá se presenciou. Peço que, caso eu esqueça algo, vocês postem comentários me lembrando.
As apresentações que pude participar, em geral, contribuíram de maneira significativa para enriquecer meu entendimento sobre o motivo principal de meu trabalho com a informação, ou melhor, a quem se destina tudo o que faço, o usuário, seja inserindo-o numa análise sobre a cultura informacional, seja em um debate sobre como dar a ele competências para buscar e utilizar a informação para produzir conhecimento, tornando-o mais autônomo em sua busca pelo saber, ou mesmo pensando em maneiras de priorizar e proporcionar o acesso à informação e aos ambientes informacionais.
Nessas apresentações ficou evidente que se deve cada vez mais focar no ambiente externo da organização, e não ficar com o trabalho interno esperando alguém para atender suas demandas. Com essa realidade, vem contribuir outras apresentações, como o trabalho com portais coorporativos, serviços de referência virtual, publicações institucionais, utilização das TICs, seja com ferramentas simples e gratuitas, seja com softwares de código aberto, ou mesmo grandes plataformas de desenvolvimento.
Faço aqui um destaque especial para as apresentações dos bibliotecários do Estado de Mato Grosso do Sul, que se fizeram presentes no Congresso expondo seus trabalhos, dentre eles o autor desta postagem. Satisfeito também ficamos em saber que os profissionais bibliotecários de Mato Grosso do Sul estão fomentando debates dentro dos grandes eixos de discussão da biblioteconomia e ciência da informação a nível nacional, como visto nos trabalhos sobre competência em informação, inteligência competitiva, mercado de trabalho, dentre outros.
Passando para a análise dos stands, bem como seus expositores, a presença de empresas estrangeiras foi dominante. Isso pode ser reflexo tanto do preço cobrado pelos organizadores, quanto da estrutura de empresas brasileiras atuantes no setor, e a falta de comunicação entre elas. O fato é que as empresas que lá estavam transformaram as exposições de seus produtos em “coisa de outro mundo”. O ápice de tanta ostentação, a meu ver, foi uma máquina para digitalização de documentos, de marca Zeutschel, cujo valor equivale a um apartamento em frente ao Shopping Campo Grande, na capital daqui de Mato Grosso do Sul, ou mesmo o valor de um carro esportivo e importado. Comento isso sem conotações de reprovação, pelo contrário, como forma de mostrar o nível que a área se encontra, e como é reconhecida, ao menos, no exterior.
Outro ponto forte nos stands, e isso não é novidade, foi a presença das representantes das bases de dados, e-books e afins, mostrando o mundo da informação on-line, mundo esse restrito aos usuários assinantes. Empresas como Proquest, Dot. Lib, Gale, dentre outras, propiciaram momentos cheios de opções no mundo do conhecimento digital e virtual.
As empresas de tecnologias também se fizeram presentes com seus softwares de automação de bibliotecas, ou gerenciadores de unidades de informação. Nesse ramo houve variedades de empresas, nacionais e estrangeiras, cada uma com suas soluções inteligentes. Um fato visto nessas empresas e que é digno de se comemorar é a participação efetiva de bibliotecários, contratados ou associados desses negócios. Além disso, as conversas com tais profissionais se fizeram profícuas fontes de informação.
Houve também a participação de empresas com mobiliários para arquivos, equipamentos de segurança para bibliotecas, instituições como o IBICT, CAPES, CFB, FEBAB, APB/MS (Associação dos Profissionais Bibliotecários de Mato Grosso do Sul), Editoras e outras que não me recordo no momento.
Todo esse conjunto movimentou o CBBD 2009, aliado aos eventos simultâneos e reuniões de entidades ocorridas no período da manhã, que não foram descritas, mas que estão sendo citadas; festas na noite de Bonito, seja nos bares e restaurantes, seja no “Information Fest”, organizada pelo 5º semestre de Biblioteconomia do IESF, de Campo Grande-MS; e tudo isso no paraíso das águas da cidade que acolheu o Congresso e seus participantes.
O que fica, além das amizades feitas, das novidades vistas, é o conhecimento internalizado, que certamente não vai parar. Irá se transformar, se desenvolver, e produzirá novos outros conhecimentos, continuando o ciclo que, espero, eu veja no próximo CBBD.
Até a próxima...

VISUALIZE OU FAÇA COMENTÁRIOS: CLIQUE AQUI

sábado, 25 de julho de 2009

CBBD 2009: 2º diálogo (ou monólogo): Conferência Magna

Ao trazer as apresentações, nada mais natural que começar esse novo diálogo (até agora monólogo) resgatando a conferência magna do professor doutor Emir Suaiden, diretor do IBICT, ocasião em que trouxe a explanação intitulada “Bibliotecas na sociedade em rede, sustentabilidade e políticas públicas”, como momento de abertura dos trabalhos no CBBD. Ao hierarquizar os tópicos de abordagem, tendo como base o título, começou-se do fim para o começo, e assim será feito também aqui.
Inicialmente, houve um resgate histórico para lembrar a dimensão da cultura de informação, claramente sabida como consequência do marco denominado “imprensa”, com a qual resultou na disseminação das informações ao longo da história.
No contexto brasileiro, Emir traz citações de Matthew Battles e Felipe Lindoso para reforçar a idéia de uma realidade que exclui e do (des)interesse das esferas governamentais para as políticas públicas de informação. Nesse aspecto, é pertinente resgatar nas palavras de Lindoso a odiosa ironia de que os políticos estão entre os leitores mais assíduos, inclusive expressados por suas bibliotecas particulares e menções corriqueiras de célebres escritores em seus discursos. Esse fato paradoxal se dá pela falta de investimento justamente naquelas que são as fontes de informação de acesso à população, as bibliotecas, sendo marginalizadas no contexto global de investimentos e projetos.
Partindo daí, debater a questão da “sociedade do conhecimento” passa a ser um tanto revoltante e desanimador, sabendo que a marginalização se dá no próprio acesso à informação, mesmo com a contribuição das redes e da internet. Os excluídos digitais, que nem são analfabetos funcionais na realidade, tem em sua realidade analfabetos de verdade, que, quiçá, apenas assinam seus nomes.
Acreditar em uma “sociedade do conhecimento” se torna mais um combustível para se crer em um futuro melhor, e não um presente que possa deleitar-se. O indivíduo autônomo em seu aprendizado, contribuindo para o desenvolvimento de sua comunidade, tornando-a sustentável, pautado na ética que acompanha a construção do saber, tudo isso se mostra como a esperança de algo que precisa vir, e não como algo que chegou.
Prosseguindo com a apresentação do Emir, agora com a questão do “novo usuário”, suas exigências e necessidades. Com a questão do “tempo / espaço”, onde tudo acontece simultaneamente, a importância das bibliotecas acompanharem esse cenário se faz requisito primordial no atendimento às indagações dos indivíduos com sede de conhecimento. As bibliotecas híbridas passam a ser propósitos, mesmo com algumas discussões sobre sua nomenclatura e características, e começam a ser debatidas e implementadas como alternativas para a prestação de serviços informacionais, apresentando sua estrutura física, antes lauta em relação às pessoas, agora pequena diante do mundo virtual.
Nessa concepção, a “nova” biblioteca tem a sua frente o desafio de atender os nativos digitais, nascidos sobre uma tela de computador e nos cliques do mouse, e os analfabetos digitais, pessoas que se perderam no tempo com as revoluções tecnológicas. Como atender em uma mesma estrutura, usuários na velocidade de um processador ao mesmo tempo em que se atendem usuários na velocidade de um trem a vapor, satisfazendo ambos? Isso é claro,pensado em uma realidade desejável, onde todos sabem de suas inquietações e desejos de informação.
Continuando, Emir reforça mais uma vez a exclusão no mundo digital mencionando que “o fosso digital [é] definido, de forma simplificada, pela diferença entre os que têm acesso às informações pela internet e aqueles que não têm”, que se relaciona com a situação de desenvolvimento em cada região do nosso país. Este é, nas palavras dele, um desafio para as políticas públicas do Brasil. Traz, logo em seguida, a discussão das redes sociais, canais de comunicação com crescimento espantoso ao longo dos anos, e com participação efetiva da população brasileira. A título de exemplificação, os brasileiros são líderes no ranking de páginas do Orkut.
As redes sociais vêm acompanhadas da possibilidade de participação, fruto da sua estrutura horizontal e flexível que garante o fácil acesso e a garantia da democracia, bem como a liberdade para cada um ser o protagonista de seu ambiente. Obviamente que, nem mesmo em uma estrutura como essa, o acesso é possível a todos. Como menciona Castells (2003), acarreta “inclusive, formas de segregações”.
Da dimensão das redes sociais para a sustentabilidade, parte-se através de uma ponte construída com elementos como a ética, transparência, liderança, competência, criatividade e empreendedorismo, procurando de forma harmoniosa integrar o desenvolvimento hodierno com o cuidado para o futuro, seja com o meio ambiente, seja com as pessoas.
No que concerne à política de informação, é lembrada pelo professor como “o conjunto de princípios e escolhas que definem o que seria desejável e realizável para um país como orientação de seus modos de geração, uso e absorção da informação [...]”, em consonância com as outras políticas, através dos vários procedimentos possíveis para a realização da mesma.
Para encerrar sua exposição, o professor Emir traz uma mensagem que diz: “toda grande inovação, toda grande revolução, traz no seu bojo a questão da exclusão [...]”. De fato, a revolução tecnológica se insere em tal afirmativa.
O que é possível inferir, e ao mesmo tempo sugerir é que, diante de grandes diferenças de acesso, seja no mundo virtual, seja no dia-a-dia das comunidades, os bibliotecários tem a difícil, porém grata, missão de garantir que cada indivíduo se coloque como participante das transformações da sociedade, diminuindo os marginalizados. Isso pode ser tanto no mundo real quanto no mundo virtual. Dois mundos para um mesmo profissional tornar as pessoas competentes.
Vou parando por aqui, pois “competência” será abordada em breve, sobretudo, no que tange à “competência em informação”, amplamente discutida e importante para papel do bibliotecário.
Até a próxima.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Fotos do CBBD 2009

CBBD 2009: 1º diálogo (ou monólogo): Os FRBR

Como mencionado, acredito que falar do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação (CBBD) que aconteceu em Bonito nesse mês de julho seja algo difícil se for expressar em poucas linhas.
Por isso achei por bem dividir em momentos para considerações sobre o evento. Diante de tantas discussões, fatos, curiosidades e tecnologias aos montes, procurarei expor cada um desses fenômenos que compuseram o CBBD 2009.
Para começar, nada mais natural que seguir os acontecimentos cronologicamente desses dias de evento. Abordando primeiramente o workshop que participei, cuja exposição se deu sobre os FRBR – Functional Requeriments for Bibliographic Records, exposto pela Prof. Eliane Mey (UFSCar). Ótima apresentação daquela que estudei nos bancos da Biblioteconomia do IESF, mas que pouco me aprofundei no debate da representação bibliográfica, e que me exigiu buscar tal compreensão após erros seguidos em concursos públicos.
Voltando aos FRBR, Mey mencionou que o objetivo dos FRBR se constitui na mudança de olhar que se tem sobre a catalogação, onde se buscou compatibilizar os padrões, isso na década de 90. Tendo em vista que a representação bibliográfica para o processo de comunicação pretende individualizar as diferenças e reunir as semelhanças, esse conceito (os FRBR) tende a trazer um debate em que se reafirma efetivamente que o foco está no usuário, e para ele se faz a descrição, e para ele está voltada a preocupação de uma descrição eficiente.
Ao trazer as tarefas do usuário, segundo os FRBR, as quais são listadas como: encontrar, identificar, selecionar e obter, sente-se e percebe-se que a lógica está entre o sujeito e a informação, também ligado a lógica do “entidade/ relacionamento”.
Salve a aula de banco de dados na faculdade. Nessa hora muitos penaram em entender o que a Mey falou, aliás, até ela sentiu dificuldade. Mas como a disseminação da informação é algo maravilhoso, e mais ainda o compartilhamento do conhecimento, a oportuna explicação do Hubner ajudou a clarear as mentes ali presentes.
Não vou me ater às questões das entidades dos FRBR, pois há muito do que se falar, e para resumir um workshop de três horas é preciso cortar algumas especificidades. Caso queira algo mais especifico, deixe um comentário.
Mey trouxe também os FRAD, desdobramentos do FRBR, ou como ela chamou, os “filhotes” dos FRBR. Esse ponto merece ao menos descrever as tarefas do usuário, que são: encontrar, identificar, contextualizar e justificar. Destaco esse último, pois foi uma “tapa” quando ouvi a professora lembrando a questão do “chute” que se faz na hora da descrição bibliográfica. A sensação foi de estar falando diretamente a mim, e é verdade. Justificar uma escolha pode ser a diferença entre o sucesso ou fracasso de uma busca do seu usuário, ou de você mesmo enquanto usuário. Utilizar determinado ponto de acesso simplesmente porque acha que é o correto se torna a ação de perda de informação (e conhecimento) mais prática que se faz em uma unidade de informação.
Mas vamos continuar. A mais o que se falar...
Após tal explanação, partiu-s para os FRSAD, cujas tarefas dos usuários se constituem em: encontrar, identificar, selecionar e explorar (navegar, por que não?!). Nele se tem a perspectiva de três tipos de usuário, aliás, três perspectivas, em que se tem o criador dos bancos de dados, os utilizadores dos mesmos (estamos aqui), e os usuários em geral (estamos aqui também, às vezes).
Ao destacar as entidades do FRSAD, as quais não irei aprofundar no debate, senti que a solução do problema estava justamente em se esquecer essas grandes discussões e voltar a essência, ao começo, ponto de partida da etimologia (ou epstemologia) sobre “sujeito / característica” ou “entidade / relacionamento”. Só a titulo de menção, têm-se como entidades do FRSAD “Thema” e “Nomen”. Isso mesmo, nomenclatura inicial, que não complica nem distorce.
Por fim, chegamos ao RDA – Resource Description and Access, ou Descrição e Acesso do Recurso, cuja missão “Columbus” (ou anglo-saxônica) busca emplacar aquilo que o AACR3 não fez: aperfeiçoar o AACR2. Mey mencionou as pouquíssimas alterações que se tem no RDA, além de destacar a inserção do FRSAD e utilização do vocabulário do FRBR. Trouxe por fim o resultado de tantos debates em torno dessa nova(?) proposta, chamado “Declaração de Princípios”, em substituição aos “Princípios de Paris”.
Diante disso, o que se tem que considerar sobre os FRBR é: pregar e sempre lembrar sua essência. Para quem é tudo isso que faço em minha sala de processamento técnico? Como atender melhor as necessidades dos meus usuários? Como utilizo as novas tecnologias, com foco na recuperação da informação?
Enfim, sair com esses e outros questionamentos é sinal de que o workshop realmente valeu à pena.
Até a próxima discussão...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pós-graduação para bibliotecários: considerações

Anteriormente eu tinha relatado a magnitude de um evento como o CBBD que aconteceu na cidade de Bonito, interior de nosso querido estado de Mato Grosso do Sul.
Pretendo continuar descrevendo o evento, os trabalhos, e tudo mais que se possa explicitar.
Porém, me motivou a dar uma pequena pausa e falar sobre um fato que me deixa feliz e ao mesmo tempo triste.
Tem-se a notícia da pós-graduação latu sensu em gestão da informação e do conhecimento no Instituto de Ensino Superior da Funlec, na cidade de Campo Grande, capital do MS. Vendo a grade, me deixou muito feliz em saber das disciplinas a serem ministradas e os professores que ministrarão as mesmas, alguns inclusive ex-professores meus do tempo de minha graduação em Biblioteconomia.
Felicidade maior ainda foi saber o preço da mensalidade, cujo valor é baixo em relação aos outros cursos de especialização, sem falar que é na área biblioteconômica, coisa rara no estado.
No entanto, o primeiro fato que me deixa triste é saber que não poderei participar dessa especialização, pois as condições de tempo e espaço não me permitem.
Mas o que me deixa mais triste, ou até indignado, é a falta de uma postura proativa por parte da instituição que dará o curso, que tem a chance de alavancar tal especialização, bem como a própria graduação de biblioteconomia. Não consigo ver o motivo de ficarem parados aguardando a vinda de interessados em fazer os cursos.
Se não fosse a divulgação informal de professores e egressos da instituição, possivelmente o curso de biblioteconomia já estaria fechado.
O pior é que, por essa acomodação, a pós-graduação mencionada também corre o risco de fechar, ou melhor, de não abrir.
Uma visão mais empreendedora se mostra a grande carência de uma instituição que tem o trunfo de ter um curso novo, exclusivo na região, altamente qualificado em relação grade curricular, se comparado com outras instituições que possuem o curso de biblioteconomia. Um curso que sobram vagas de estágio, sem falar dos concursos e vagas de trabalho, fatos esses que certamente merece um pouco mais de atenção de sua mantenedora.
O que foi observado no CBBD significa um alerta. Uma instituição que tem tal curso em sua estrutura não participou ativamente apoiando o Congresso Brasileiro da área, realizado em uma das cidades que possui uma unidade sua, é um enorme alarde da falta de empreendedorismo que lhes sobra. Perdeu-se a chance de uma enorme divulgação na região e no Brasil como um todo, e tudo isso por quê? Não irei reponder.
Com a mesma confiança que escolhi esse curso para me qualificar, mantenho minha esperança para que acordem antes que o barco naufrague.
Enquanto isso, vamos avançando em direção à sociedade do conhecimento (cadê???)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

CBBD 2009 - Muita informação

Aos que participaram do CBBD 2009 na cidade de Bonito-MS, tenho certeza que não conseguiram publicar ou escrever sobre o evento em poucas linhas.
O que foi visto no evento não tem como ser resumido, e sim "alongado", com uma conversa que daria até o próximo CBBD.
Aos amantes da Biblioteconomia e afins, estar em contato com profissinais, pesquisadores, trabalhos e experiências de todos os cantos do país e do exterior faz com que não queiramos ir embora nunca mais.
Mas temos que ir. Afinal, esses novos conhecimentos precisam ser explicitados em nosso locais de trabalho, nas instituições das quais fazemos parte.
Lembrar sempre da informação a ser disseminada e da construção do conhecimento.
Educação continuada, novas práticas, tudo deve ser revisto e pensado.
Houve até motivação para postar neste meu blog deixado às moscas, mas nada como um Congresso de tal magnitude para levantar os ânimos.

Que venham os próximos eventos!!
Palavras que não resumem, mas introduzem aquilo que foi o evento marcado em todos nós, profissionais da informação.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Meu Trabalho de Conclusão de Curso

Diante da prerrogativa de acesso à informação, principalmente no que diz respeito ao conhecimento científico, deixo a disposição meu Trabalho de Conclusão de Curso, desenvolvido no ano de 2008, intitulado "Gestão Estratégica da Informação e a Inteligência Competitiva: estudo exploratório para implantação no Conselho de Consumidores da ENERSUL - CONCEN".


Clique aqui para baixar